quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O Jardim Botânico pelo olhar de moradores e admiradores

Espaço JB ouviu os estudantes de cinema Francisco Gomes, 19, morador do Jardim Botânico e Clara Milosky de publicidade, 18, da PUC-RIO, freqüentadora do bairro, e contaram como é a experiência de morar e de visitar o local, respectivamente.

Para Francisco o bairro evoluiu em termos de espaço, número de habitantes e comércio. Geralmente nos fins-de-semana o estudante, assim como muitos residentes, em sua maioria, jovens, gosta de ir ao Boteco Belmonte, ao Bar Espelunca Chique ou Devassa sempre acompanhado de amigos. Nesses locais, comer um bom sanduíche, assistir a jogos de futebol, tomar uma cerveja depois da aula ou depois de uma semana agitada ou simplesmente sair com os amigos, são ocasiões que o fazem ter a presença garantida durante os fins-de-semana. Morador da Rua Nina Rodrigues (transversal à Jardim Botânico), Francisco prefere esses lugares por estarem localizados perto de sua casa, pelo ambiente agradável e por ser sempre bem atendido.

Alem de sair para se divertir, o estudante também realiza atividades físicas, e faz cursos no bairro do Jardim Botânico. No Clube Militar, Francisco malha em torno de 2h de segunda a sábado. No Parque Lage, Francisco realiza algum cursos, como fotografia, importantes para sua habilitação na faculdade. Quando sai para comprar roupas, livros o estudante prefere outros lugares. Devido às poucas opções do bairro nesses termos e principalmente com preços elevados ele geralmente faz compras em Copacabana ou no centro da cidade.

O trânsito, os “pegas”, e a pouca variedade comercial são os principais pontos fracos do local, aponta Clara, freqüentadora do bairro. Para a estudante de 18 anos, muita gente não sabe da realização das Corridas de Rua, realizadas na principal rua do bairro, porque não há ênfase na divulgação dos acidentes, os quais ocorrem freqüentemente. Em termos comerciais, a loja de eletrodomésticos Ponto-Frio é uma das poucas opções no bairro, lojas de roupas e livrarias praticamente não se encontra. O engarrafamento constante, principalmente quando chove, é a principal causa de aborrecimento para grande parte das pessoas que moram, freqüentam ou passam diariamente pelo Jardim Botânico.

Francisco e Clara encontram um ponto em comum sobre o bairro quando dizem que apesar de muitos problemas o Jardim Botânico é um lugar tranqüilo, muito bonito e com um índice de violência baixo (o que hoje em dia, na cidade do Rio de Janeiro chega a ser impossível). Para Clara, a paisagem natural que o bairro preserva, e o incentivo que o Parque Jardim Botânico dá para a manutenção da natureza do lugar deixam-no ainda mais convidativo.

Guilherme Alt

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